Depois de um longo e tenebroso inverno
Descobri que não poderia mais
Tentar amar você
Depois que meu ego se tornou um quebra cabeças
Percebi que para ficar com você
Eu teria que viver uma solidão a dois
Enquanto buscava alguém para me abraçar
Encontrei o verdadeiro calor
Através de palavras, notas, sons
Quem não consegue me amar
Deve me deixar partir
Fugir enquanto é tempo
Enquanto não aprendo a cativar
E perceber de forma silenciosa
Que os meus sonhos são o caminho,
Que ainda me tornam livre...
Enquanto as borboletas saem do casulo
E lagartas entram em sono profundo
Ainda não descobri se lagarta ou borboleta eu sou...
Depois de um longo e tenebroso inverno
Descobri que não existem sons, notas e palavras
Que não venham do meu coração
Inteiro ou aos pedaços
Não existem borboletas no estômago
Que já não foram lagartas, dentro de mim.



É noite... E ainda não sei se estou lá fora...
É frio, e ainda não sei se meu corpo ainda está quente
Chove, e eu não sei de quem são as lágrimas
Será que existe uma maneira sensacional de viver?
Amor após a morte
Amar como o ar que se respira
Não sei e talvez não queira mais tentar

Talvez eu possa tirar umas férias, de quem sempre fui

A pior decisão que já tomei

Foi deixar ser quem nunca tive coragem de ser...


Beijos sem calor


Beijos em torpor


Sexo com orgasmo


Orgasmos com amor


Será que um dia, deixarei de partir o meu coração?

Não sei até quando continuarei a preferir a dor a nada sentir....




Eu procuro
E ele não está
Eu quero
E ele não quer
Eu escrevo em detalhes
E ele quer um resumo

O que deveria fazer além de tentar decifrar você?
Eu beijo
Ele faz que não gosta
Eu olho
Ele faz que não me vê
Eu desejo
E ele deseja... Mas não pode ou não quer?

Borboletas no estômago
Sensações dilacerantes
Desejo que não repara
Orgulho teu, que me mata.

Medo de brilhar
Medo de viver
Medo de mim ou de você?

Escolhas ou acaso
Caminho ou trilha
Beijo ou choro
Sorriso ou angústia?

Borboletas no estômago
Anunciam algo que sinto
Mas não posso ver...
Azul ou Anil
Noite ou anoitecer?
O que eu sei, é que não sei se posso realmente amar você!


Esta semana não foi uma semana comum, pois foi cheia de descobertas e sensações que até então sempre achei que poderiam me tirar do controle.
No geral creio que a maioria das pessoas que convivem comigo tem uma idéia muito diferente de quem realmente sou... Na verdade nem eu mesma sei quem sou então costumo não me importar muito com a opinião que algumas pessoas possam ter de mim.
Não quero falar de fatos, mas falar de sensações...
Nesta semana , descobri que não me apego com coisas e pessoas da forma esperada.
Convivi num ambiente de trabalho com uma garota e quando ela resolveu de forma repentina ( e até inadequada) que não trabalharia mais no mesmo local eu simplesmente não senti nada.
Foi como trocar de calcinha, pura e simplesmente.
E nesta mesma semana, me pego perigosamente à flor da pele por uma pessoa que vi apenas uma vez e entre telefonemas, mensagens e fantasias, senti meu corpo arder de desejo e torpor.
Me pego a pensar por que na maioria das vezes as sensações são tão intensas para mim?
Como posso sentir desprezo e indiferença por uma pessoa e desejo incontrolável por outra?
Terapia não basta, ou talvez na verdade eu precise de um worshop sobre eu mesma, rs
De qualquer forma , fica a sensação de que apesar da minha aparente calma, as coisas ou estão muito vivas ou muito mortas dentro de mim.
Ainda é surpreendente a forma como encaro essas sensações.
Enquanto tudo isso acontece, não durmo , não como e não sinto direito...
O que fazer? Não sei... Por enquanto vou vivendo...
Ah, sim... A foto acima eu que tirei ;) Ela reflete a beleza da paz interior que um dia terei!





Um dia sorri, e depois chorei...

E através do espelho da vida me percebi, me senti , me amei...

Enquanto luto contra algo que não consigo evitar ou decifrar a minha vida segue calmamente em uma mistura de esperança e liberdade.

Outrora acreditava que para ser especial bastava ser agradável... Conforme os anos foram passando percebi que o que me tornava diferente ( especial jamais) era o fato de não querer mais agradar aos outros.

Ao longo da minha vida entendi que jamais poderia abrir mão da minha essência e certamente mudar implica dor e as dores inevitavelmente me fazem crescer.

Se existe uma palavra que define a minha vida ela se chama processo.

A minha existência permeia processos... E as cicatrizes de todas as guerras que travei já não doem e isso é libertador.

Enquanto busquei a felicidade ela implacavelmente fugia de mim... E levou um bom tempo para perceber que ser feliz era uma questão de espaço...

Quanto mais me permitia viver, ficar só, ficar junto, dançar, ler ... No momento em que realmente queria e acima de tudo, precisava tudo foi ficando mais alegre e mais calmo.

Ainda que digam que sou uma pessoa alegre e carinhosa insisto em ressaltar: As minhas sombras são mais fortes... Afinal, gatos gostam é da noite!


Um pouco de mim:
Inevitavelmente as pessoas escolhem caminhos que parecem mais confortáveis... No geral, opto pelos que têm maiores dificuldades por serem inevitavelmente, os mais intensos, quando não os mais interessantes.Não buscaria, entretanto, viver uma vida aparentemente comum, só para me sentir parte de um grupo... Prefiro ser como os gatos que no geral são mais solitários ou só fazem o que realmente querem.Quanto mais converso com as pessoas, mais e mais percebo as nuances do bicho homem, que tenta a todo e qualquer custo se desligar de sua verdadeira essência.Prefiro a mais dura das verdades ditas por mim e para mim, que um monte de asneiras ditas por outros, sobre meus amigos. Isso pode até ser uma qualidade, mas ainda vejo como defeito. De qualquer forma, não espero que gostem de mim, que me entendam, e não aceito que expliquem as minhas ações e omissões.Ser livre, é ser quem sou e sinceramente não me sinto pronta para abrir mão desta perspectiva. Mesmo porque sou uma criatura mutante e para tanto preciso de espaço.Se for para me amar ou gostar de mim que esteja pronto para receber o meu amor.Isso se estende a todos os seres que vivem comigo! Sou muito mais que uma carinha bonitinha... Repleta de nuances, verdades cruas, nuas e que não digerem.Tenho uma franqueza que por vezes me dá náuseas, imagine nos outros...Ninguém poderia ser um ser humano qualquer,todos nós somos um universo amplo, cheio de luzes e sombras.Certamente, as minhas sombras são mais fortes, e quem diria isso, olhando uma moça de cara tão meiga e sorriso tão franco?Asas de borboleta, bruxa, alma felina! Nada para agradar, a não ser os meus olhos cor de safira!

É horrivel dizer isso, mas me sinto como uma pessoa fantasiada de palhaço...Posso sorrir e contagiar a todos com alegria (quando por dentro só queria apenas chorar... ) O mais interessante é que geralmente ninguém tem a mínima idéia de quem está por baixo da fantasia ... Inevitavelmente isso me conforta.
O que sou é resultado das escolhas que fiz ao longo da minha vida e é exatamente por isso que não pretendo agradar a todos, somente aqueles que realmente me amam pelo que sou de verdade, não pelo que acham de mim!Ser original é uma arte! Pena que existam pessoas que se contentam em ser uma fraude ou uma medíocre cópia !Muita gente acha que não, mas eu sou uma pessoa de verdade, fico triste, doente e tenho raiva. O fato de ter essa carinha quase infantil ( e bem preservada para os meus 30 anos) não quer dizer que sou sempre ou só, alegre. De fato sou muito feliz, mas os momentos alegres são apenas momentos, pois se fossem regra, como valorizar a alegria sem provar da tristeza?


Quem Sou

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Pura Psiquê, constância no mundo avernal. Adentre.

Mulher Totem

Sou uma mulher em plena transformação, metamorfose de lagarta-borboleta-lagarta...Aqui estão parte dos meus devaneios de poesia, dia a dia e dança...Tudo regado com a minha inspiração característica e por vezes irônica...

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Mulher dos Cabelos de Fogo e Olhos Verdes de Gullveig...