Delírios de uma borboleta, ainda lagarta...

A vida é o que é... E esperar mais do que se pode viver por vezes, pode ser torturante...

A minha busca , como meta pessoal no momento é amar somente o quanto posso!

Enquanto o desejo sorrateiramente encontra os meus lábios, me descubro frágil e quente...
Mãos que se tocam, dedos que se entrelaçam , poeticamente, como se fizessem amor...
Beijos molhados, com a intensidade que só a expectativa sabe aprimorar...
Palavras e confidências trocadas, em prosa, fantasias , papel e caneta.
Margarita que revela a lingua que lascivamente me provoca, falando e se movendo, ao sal...
Delícias do toque e do torpor de querer e não poder me despir ( e a você também) em corpo, mente e alma...
Vontade de estar em você e você em mim, como se fosse naturalmente permitido assim...
Sussuros, promessas , carícias roubadas e a certeza de que a próxima noite será a plenitude da paixão em corpos que se encontram...

Certa vez, me perguntaram como uma mulher como eu estaria sem namorado...
Oras, ficando, rs
Acho que a idéia de encantamento entre duas pessoas está mais para ideal , do que para realidade.
O fato é que as pessoas querem tanto se envolver , mas sentem medo...
Por vezes penso que uma certa dose de ousadia é uma dádiva que poucos querem experimentar...
Então, talvez na próxima esquina, esteja lá uma moça de cabelos cor de fogo e olhos cor de céu ( eu?) o que fazer além de:

- Oi, tudo bem? Está sozinha?

Como as pessoas geralmente não são ousadas, continuo solteira, rs

Os dias passam de forma melancólica, quase serena enquanto minha alma se alimenta desta paz tão natural...

O céu se mostra em espetáculos de laranja, rosa , amarelo e azul- ah... como são lindos os pôr do sol do outono...

Num misto de alegria e esperança , me pego a sonhar como seria poético admirar esses tons ao lado de alguém com a mesma sensibilidade que a minha...

Na maior parte da minha vida passei procurando por algo que não tinha muita certeza , e que sabia ( erroneamente) que isso alimentaria o meu coração, repleto de desejos.

Levou muito tempo para eu perceber de fato que nada alimenta mais o meu coração do que a melancolia do outono, em seu céu alaranjado aos fim de tarde...

Quando parei de procurar por algo profundamente impossível, me dei conta de que tudo o que mais precisava era de nada... Apenas de mim mesma...

E os dias seguem... Cheios de musica, poesia, dança .... No outono eterno do meu coração.

Estado de Liberdade...

O que é ser livre, senão ter a responsabilidade dos meus próprios atos?
O que seria liberdade, senão o desejo de correr com as próprias pernas?
Na imensidão da minha alma, existe um lugar onde poucos chegam e outrora apenas três pessoas tocaram...
O que sou, além da liberdade de ser eu mesma?
O que sou, além dos meus sonhos?
O que sou além de minhas próprias palavras?
O que sou além de minhas próprias sensações?

Estado de liberdade é subverter o que sou o tempo todo...
E talvez não haja tanto tempo para mudanças mas de fato, para mudar é preciso ser livre.

O que sou , além de olhos azuis?
O que sou além da dança que meu corpo produz?
O que sou além de minhas idéias inspiradas em dor e amor?

É dilacerante sentir o quanto o meu orgulho ferido pode me levar a ações que estranhamente não quero ou condeno.

Me leva a desejar o que não gosto e provar do que não quero...

Sensações falsas, sem sentimentos puros que muitas vezes me levam por uma trilha de dor e amargura...

É detestável me sentir assim, mas é como me encontro neste momento, numa mistura de posse e orgulho.

Mas diante disso tudo, o que fazer senão me perceber?

E a cada nuance, me desnudo, me desaprovo... E como é difícil...

Uma sensação arrebatadora invade o meu peito... Quero chorar mas sei que é apenas o momento...

E vou me dando conta aos poucos que de fato, muitas coisas apenas despertam o meu real interesse quando não estão ligadas a mim.

É de uma intensidade desmedida a sensação de simplesmente querer tomar para mim, ter o controle do outro.

Enquanto tenho consciência fica ainda mais difícil perceber o orgulho tão ferido e ainda assim, ter que resistir a isso...

O que sou além dos meus desejos? O que sou além da minha força de vontade?

Sou tudo e nada... Afinal, não serei a mesma até a próxima esquina...

E se as coisas ainda não mudam, fico no casulo... Esperando até que qualquer coisa, por um momento desperte a minha alma.

Depois de um longo e tenebroso inverno

Descobri que não poderia mais

Tentar amar você

Depois que meu ego se tornou um quebra cabeças

Percebi que para ficar com você

Eu teria que viver uma solidão a dois

Enquanto buscava alguém para me abraçar

Encontrei o verdadeiro calor

Através de palavras, notas, sons

Quem não consegue me amar

Deve me deixar partir

Fugir enquanto é tempo

Enquanto não aprendo a cativar

E perceber de forma silenciosa

Que os meus sonhos são o caminho,

Que ainda me tornam livre...

Enquanto as borboletas saem do casulo

E lagartas entram em sono profundo

Ainda não descobri se lagarta ou borboleta eu sou...

Depois de um longo e tenebroso inverno

Descobri que não existem sons, notas e palavras

Que não venham do meu coração

Inteiro ou aos pedaços

Não existem borboletas no estômago

Que já não foram lagartas, dentro de mim.

É noite... E ainda não sei se estou lá fora...

É frio, e ainda não sei se meu corpo ainda está quente

Chove, e eu não sei de quem são as lágrimas

Será que existe uma maneira sensacional de viver?

Amor após a morte

Amar como o ar que se respira

Não sei e talvez não queira mais tentar

Talvez eu possa tirar umas férias, de quem sempre fui

A pior decisão que já tomei

Foi deixar ser quem nunca tive coragem de ser...

Beijos sem calor

Beijos em torpor

Sexo com orgasmo

Orgasmos com amor

Será que um dia, deixarei de partir o meu coração?

Não sei até quando continuarei a preferir a dor a nada sentir....

Eu procuro
E ele não está
Eu quero
E ele não quer
Eu escrevo em detalhes
E ele quer um resumo

O que deveria fazer além de tentar decifrar você?
Eu beijo
Ele faz que não gosta
Eu olho
Ele faz que não me vê
Eu desejo
E ele deseja... Mas não pode ou não quer?

Borboletas no estômago
Sensações dilacerantes
Desejo que não repara
Orgulho teu, que me mata.

Medo de brilhar
Medo de viver
Medo de mim ou de você?

Escolhas ou acaso
Caminho ou trilha
Beijo ou choro
Sorriso ou angústia?

Borboletas no estômago
Anunciam algo que sinto
Mas não posso ver...
Azul ou Anil
Noite ou anoitecer?
O que eu sei, é que não sei se posso realmente amar você!

Esta semana não foi uma semana comum, pois foi cheia de descobertas e sensações que até então sempre achei que poderiam me tirar do controle.

No geral creio que a maioria das pessoas que convivem comigo tem uma idéia muito diferente de quem realmente sou... Na verdade nem eu mesma sei quem sou então costumo não me importar muito com a opinião que algumas pessoas possam ter de mim.

Não quero falar de fatos, mas falar de sensações...

Nesta semana , descobri que não me apego com coisas e pessoas da forma esperada.

Convivi num ambiente de trabalho com uma garota e quando ela resolveu de forma repentina ( e até inadequada) que não trabalharia mais no mesmo local eu simplesmente não senti nada.

Foi como trocar de calcinha, pura e simplesmente.

E nesta mesma semana, me pego perigosamente à flor da pele por uma pessoa que vi apenas uma vez e entre telefonemas, mensagens e fantasias, senti meu corpo arder de desejo e torpor.

Me pego a pensar por que na maioria das vezes as sensações são tão intensas para mim?

Como posso sentir desprezo e indiferença por uma pessoa e desejo incontrolável por outra?

Terapia não basta, ou talvez na verdade eu precise de um worshop sobre eu mesma, rs

De qualquer forma , fica a sensação de que apesar da minha aparente calma, as coisas ou estão muito vivas ou muito mortas dentro de mim.

Ainda é surpreendente a forma como encaro essas sensações.

Enquanto tudo isso acontece, não durmo , não como e não sinto direito...

O que fazer? Não sei... Por enquanto vou vivendo...

Ah, sim... A foto acima eu que tirei ;) Ela reflete a beleza da paz interior que um dia terei!

Delírios de uma borboleta, ainda lagarta...

Quem Sou

Mulher Totem

Degustadores

Firebender

Borboletadas